quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Contos do arrebatamento - Crenças.

- Por que ele tinha que partir? Ele era uma boa pessoa!
- Infelizmente são as boas pessoas que nos deixam cedo. Rachel.
- Não! -  Disse ela em lágrimas.
Seu amigo Carl, ainda tentou estender a mão na direção de sua amiga mas ela já estava indo em direção da sua casa.
Ele ainda pensou em ir acompanhar ela mas desistiu depois de alguns passos.
Sua amiga Rachel, havia há poucas semanas perdido seu noivo. E isso abalou profundamente ela.
Ele tentou de várias formas consolar a amiga porém sem sucesso.
Hoje ele pôde encontrar ela porém não quis prolongar a conversar. Ainda estava abalada e revoltada por sua perda.
Rachel e Christian iriam de casar daqui a três meses. Porém tudo foi perdido com a morte repentina do rapaz.
Rachel vivia uma vida tranquila como estudante de jornalismo. E estava se preparando para a sua formatura, seu casamento e a promoção certa no seu emprego.
Do dia para a noite seu Noivo adoeceu e em poucos dias ele faleceu.
Rachel abandonou tudo que aparentava crer. Toda a sua esperança foi perdida com a morte de Christian.
Nas poucas vezes que seu amigo a encontrou depois da tragédia, ele ouvia ela falar
- Não é justo! Que justiça há nisso?
- Rachel, Todas as coisas... -  Tentou fala certo dia Carl. Mas foi interrompido por Rachel.
- Ah! Não me venha com essa história! Pois eu fiz tudo certo e olhe só o que me aconteceu!
- Mas Rachel. Pode parecer injusto. Porém só Deus tem a visão completa. Nós infelizmente só vemos uma parte da história.
Naquela dia Carl apenas conseguir que Rachel parece com suas reclamações.  Porém  seu aspecto funesto ainda persistia.
Rachel de entregou à solidão e ao desespero. E continuamente rejeitava as ofertas de consolo de todos os seus amigos.
E hoje não foi diferente.
Carl ficou triste pelo estado de sua amiga. E depois que ela partiu ela falou baixo.
- Sinto muito minha amiga. -  E lágrimas corriam pelo seu rosto. Enquanto a imagem de sua amiga indo embora ficava cada vez mais embaçado.
Ele voltou par sua case e Rachel foi para a dela.
Em sua casa Rachel sentou na janela de sua casa e segurou seu rosto com uma de suas mãos e ficou observado as crianças que brincavam do outro lado da rua em um balanço. Era um menino e uma menina e não aparentavam ter tinham mais do que cinco anos.
Enquanto as crianças brincavam Rachel chorava. 
- Nunca teremos nossos filhos.
Uma das crianças caiu ao sair do balanço.
- Todos nossos planos.
O menino ajudou a menina que havia caído.
- Todas aquelas palavras que ouvimos. Não adiantou nada! Deus você me tirou ele!
Depois de ajudar a menina o garotinho subiu no balanço e pediu para a menina empurrar ele.
- Não há motivo pra eu voltar aquele lugar!
O menino desceu do balanço e agora as duas crianças corriam em volta do balanço.
- Eles não iram trazem meu Christian de volta!
Rachel choro ainda mais e disse aos prantos.
- Eu não consigo mais crer!
Ela enxugou seu rosto olhou para as crianças novamente e agora era a vez da menina ficar no balanço.
O menino balançou a menina. Ela foi para frente bem alto. Na volta quando o menino ia empurrar novamente a garotinha os dois simplesmente desapareceram. Ficou apenas o balanço indo e vindo até parar totalmente.
Rachel ficou petrificada olhando a cena incrédula.


Contos do arrebatamento - A sala de aula


Suas mãos estavam firmes no volante, o cheiro do orvalho se dissipando estava ainda no ar, ela respirou fundo e apertou ainda mais firme o volante do seu carro.
Mais um dia. Será que estou pronta? Os alunos mudaram tanto.
Clara Oswald olhou pela janela de seu utilitário e viu as crianças da sua vizinhança saírem alegrem em direção à escola escola do bairro.  Clara é professora do ensino médio em uma escola do centro da cidade.  E seus alunos são bem diferentes das crianças que agora ela via.  Sorridentes, animadas.
Depois de pensar em quão rápido seus anos de magistério passaram ela pensou - realmente a vida é como um sopro. Passa depressa demais.
Após ponderar por mais alguns minutos ela decidiu ir para mais um dia de trabalho. 
Girou a chave, trocou de marcha e pôs o carro a andar. Em dias normais ela gastava trinta minutos no trajeto de casa para o trabalho.  Pegou a avenida de costume mas viu que um acidente bloqueava o caminho.
Não Deus! Agora mais essa!
Respirou fundo e decidiu não entrar no vórtice de estresse mesmo antes de chegar em seu  trabalho.
Ao seu redor já começava o cacofonia de buzinas das mais variadas espécies provocadas por motoristas sem paciência. Algumas pessoas já desciam dos seus ônibus e decidiram fazer a pé o restante de seus percursos.  Passados vinte minutos os trânsito começou a fluir e Clara pôde continuar seu caminho. 
Ela passo pelo local do acidente e viu que um carro havia atingido a lateral de uma motocicleta.  O carro estava no lado da avenida, próximo à moto que estava toda retorcida. No chão ela viu pequeno fragmentos de vidro, provavelmente oriundos do carro. 
Clara levou quase o dobro do tempo normal para chegar na escola onde trabalhava.
Saindo do carro, no estacionamento da escola algumas crianças que eram seus alunos no ano passado lhe cumprimentaram.
- Bom dia professora Clara. 
- Oh! Bom dia crianças!
Um garoto que estava no grupo disse -  a senhora está atrasada.
- Sim, nem fale. - Clara franziu o cenho e lançou -  Ora, vocês também estão!
As crianças sorriram e caminharam ao lado de sua ex professora até a entrada da escola. 
As crianças seguiram para a direita e Clara para a esquerda. 
Ela andou rapidamente em direção à sala dos professores onde pegaria parte de seu material para a aula do dia. 
Já com o material em mãos e consciente de seu atraso ela deu uma corrida em direção de sua sala de aula. 
Já não existiam crianças no corredor. Somente Clara estava ainda fora de sala, todos seus colegas já haviam começado suas aulas. 
Ela segurou firme a maçaneta de sua sala a e entrou.
Estava uma grande confusão bolinhas de papel sendo lançadas, adolescentes sentados em cima das carteiras. E alguém havia pego um dos pincéis e rabiscado o quadro branco. 
- Bom dia! Todos sentados!
As vozes diminuíram e os alunos começaram a tomar seus lugares. 
- Me desculpem. Me atrasei pois aconteceu um acidente horrível que me deixou presa.
- Tudo bem professora! - falou um aluno de do fundo - fique à vontade.
Clara apertou seu maxilar e olhou desconfiada para seu aluno.
- OK peguem seus livros. Página 42. A Primeira Guerra mundial.
A maioria dos alunos pegaram seus livros e abriram nas páginas indicadas pela professora. Porém, alguns alunos não fizeram isso é continuaram em suas conversar.
- Vocês podem abrir seus livros?
Os alunos começaram a rir e um disse -  Não!
O que fez os demais rirem ainda mais alto.
Com o rosto ruborizado Clara olhou para os alunos.
- Obedeçam. Ou levarei vocês à diretoria!
- Tanto faz -  Respondeu novamente o aluno é colocou as mãos segurando a sua nuca. Desafiando Clara.
Contrariados os alunos do fundo pegaram seus livros e abriram na página ordenada.
- O estopim da Grande Guerra, foi a morte do 
Príncipe herdeiro da Áustria, Hungria e Bohemia o Arquiduque Franz Ferdinand. Em um atentado realizado pelo grupo separatista Mão Negra.
- Realmente a coisa ficou preta! -  O aluno falou -  e a turma pôs-se a rir.
Clara bateu no quadro pedindo silêncio.
- Já chega! O que você vem fazer na escola?
O aluno ficou olhando furioso enquanto Clara falava.
- Se você não está interessado em aprender imagino que os demais queiram.
Os demais alunos fizeram em coro -  uuuuu.
Clara levantou suas mãos pedido que eles parecem.
- Alex, não pense que nós professores querem o seu mal. Nós queremos lhe ajudar.  Mas parece que você mesmo não quer mudar.
- Não quero mesmo. -  Alex disse.  Clara ficou horrorizada.
- Você terá que deixar a sala.
- Eu não vou! - O rapaz disse depois bateu na mesa.
- Alex! -  Clara disse em voz alta.
- Chega. Eu disse para você...
Ela não chegou a terminar suas palavras.
Os alunos companheiros de Alex que estavam sorrindo. Rapidamente perderam totalmente o senso de humor. Pois eles viram sua professora se desmaterializar diante de toda a classe.  E ela não foi a única.  Junto com a Clara alguns alunos também sumiram.
E na sala por um momento reinou o silêncio.  Mas foi logo quebrado por gritos vindos de todas as salas da escola.

sábado, 12 de setembro de 2015

#5 Devocional - Por que amamos tanto histórias de viagem no tempo?



Por que amamos histórias que giram em tornos de máquinas do tempo ou que contém no seu enredo artefatos que proporcionam a viagem no tempo e espaço?
A resposta para esse questionamento pode ser encontrado na Bíblia. No versículo que segue abaixo transcrito em duas traduções.
ARA Eclesiastes 3:11  Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.
NTLH Eclesiastes 3:11 Deus marcou o tempo certo para cada coisa. Ele nos deu o desejo de entender as coisas que já aconteceram e as que ainda vão acontecer, porém não nos deixa compreender completamente o que ele faz.
O texto esclarece o porquê de as histórias no tempo e espaço nos cativarem tanto. O versículo da tradução ARA (Almeida revista e atualizada) nos diz que dentro de cada um de nós Deus colocou o sentimento, o desejo pela eternidade. A necessidade de saber os porquês das coisas, seus inícios e também os seus fins.
No texto da NTLH (Nova tradução na linguagem de hoje) a ideia fica ainda mais clara. Pois nele está escrito que temos a necessidade de saber as coisas que aconteceram bem como as coisas que ainda irão acontecer. E como saber? As histórias de ficção dão a solução: através de máquinas do tempo. Os personagens saltam entre o presente, o passado e o futuro.
A Bíblia, além de explicar o nosso desejo pelo tempo, também nos satisfaz quanto a esse desejo. Pois nela vemos a origem da vida, do universo e tudo o mais. Além de mostrar as coisas que ainda hão de vir.
Somos seres finitos, mas que anseiam pela eternidade.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Resenha - O jogo da morte - Ursula poznanski



Nick Dunmore um estudante de 16 anos, percebe que um de seus amigos está se comportando de maneira estranha, começa a faltar às aulas na escola e também aos treinos de Basquete.
Nick tenta entrar em contato com seu amigo Colin por telefone, mas sem sucesso. Todas as suas ligações caem na caixa postal.
Depois de uns dias Colin reaparece na escola, mas evita falar com Nick, que acha o comportamento de seu amigo anormal. Depois de várias tentativas de aproximação em Colin, Nick desiste e começa a perceber que não é apenas seu amigo que está agindo de dessa maneira. Muitos outros alunos também estão se comportando de modo sorrateiro pelos corredores da escola. Pequenos grupos de garotos aos sussurros conversam em lugares reservados. E Nick fica consciente de que eu amigo também está envolvido com o mesmo assunto.
Certo dia depois de mais tentativas frustradas de saber o que os garotos da sua escola falavam aos sussurros, Nick vê que além das conversas privadas os alunos que apresentavam semblante cansado também estão trocando entre si um objeto quadrado. O que aumenta ainda mais a curiosidade de Nick.
A “epidemia” de sussurros se espalha ainda mais pela escola de Nick e ele tenta de várias formas saber agora qual é o misterioso objeto que os alunos andam trocando. Até que um dia uma colega sua chega até ele com o misterioso volume lhe oferecendo.
De posse do objeto e de frente com a garota, Nick recebe estranhas instruções e tem a confirmação que o assunto abordado nos corredores da escola era sobre um novo jogo.
Em casa Nick instala o jogo no seu computador, e começa sua aventura em um Jogo chamado Erebos, que se trada de um jogo no estilo Rpg, com a mecânica de colete de objetos e evolução de nível mediante a realização de missões.
O protagonista do livro fica totalmente envolvido com o jogo, pois desde seu início este se mostra ser um game único, totalmente diferente de tudo o que Nick havia experimentado. Pois o jogo apresenta uma interação com o jogador que está além de convencional, chegando a assustar. Nick realiza suas missões e vai evoluindo de nível. Mas algo surpreendente começa a acontecer, pois as missões que a principio se restringiam ao mundo virtual começam a ser requeridas no mundo real, trazendo consequências para  Nick e os demais jogadores de Erebos.
A autora no início gasta um bom tempo passando a jogabilidade de Erebos, mas depois a narração se centra apenas na ação do personagem do jogo. O que torna a narração mais fluida, e bem mais agradável.
O livro é uma excelente leitura para quem gosta de games, principalmente os de estilo Rpg, e também de Mitologia Grega.  
“Entre ou volte, isso é Erebos” 

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O Doutor - #3 Contos do Arrebatamento.



Não tinha sido uma boa noite para o doutor Paulo Cohen, durante seus plantões ele sempre se deparou com os casos mais esquisitos. Mas neste que ele está, coisas ainda mais curiosas aconteceram.
Já no começo da noite ele teve que atender um caso em que duas pacientes estavam com um caso de alergia, até aí tudo bem, porém, as pacientes eram gêmeas e haviam comido inadvertidamente um prato contendo frutos do mar, e o resultado era que as moças que aparentavam ser em seus estados normais provavelmente bem simpáticas, no momento estavam quase que desfiguradas devido ao inchaço provocado em seus rostos pela alergia.
Depois de medicar as duas moças, o doutor Paulo apenas sentou em sua cadeira, respirou fundo e foi novamente chamado pela sua equipe. Agora ele foi chamado para atender um garoto de sete anos de idade que havia quebrado seu braço ao brincar em plena noite dentro da máquina de lavar roupas. Os pais do garoto contaram que ao descobrir onde o seu filho estava eles o chamaram e quando foi sair da máquina ele se segurou de mau jeito na porta da máquina e agora estava diante do doutor Cohen.
O braço do garoto estava em um ângulo que causava dor nas pessoas só de olharem o estado do menino.
Apesar de ele momento estar demostrando dor o garoto ainda conseguia rir. – É o nervosismo- Pensou o doutor Cohen.
Como você se chama filho? – Disse o doutor.
Com um olho fechado e outro aberto o garoto disse entre os dentes – Gustavo.
Muito bem Gustavo, você está tendo uma noite bem agitada não?- O Doutor falou colocando suas luvas.
- Bem, Gustavo, preciso que você siga minhas instruções, ok?
OK- Disse Gustavo agora com os dois olhos fechados.
Você ficará bem, mas preciso ver como está seu braço, vou pegar ele ok?
Não! – o garoto falou abrindo os olhos cheios de lágrimas - vai doer.
Neste momento até a mãe do garoto que estava do outro lado da maca olhava aflita para o doutor Cohen.
- Vamos fazer assim, você vira seu rosto para o outro lado e não abra os olhos, eu vou pega seu braço para poder examinar o estado de seu braço.
É, mas. Mãe – Falou suplicante o garoto olhando para sua mãe.
- Amor, você precisa fazer o que o doutor está falando. Você procurou isso.
Está bem - Disse desolado
Já experiente em casos como esse o Doutor Cohen, no momento em que o garoto se virou para o outro lado pegou o braço do dele e o colocou no lugar correto. Gustavo deu um grito, e olhou acusadoramente para o doutor Cohen, porém deu um leve sorriso após constatar que seu braço já estava no lugar correto e já não doía como antes.
Depois do menino com o braço quebrado, o doutor Paulo, atendeu um jogador de futebol amador que havia torcido o tornozelo durante uma partida na madrugada. Em seguida foi a vez de ver os ferimentos que haviam em um entregador de pizza que com a pressa de realizar a entrega dos pedidos terminou por cair da moto ao se desviar de uma gato que estava passando na rua.
Depois de passar a madrugada todo se virando em dois, pois o outro médico plantonista havia novamente faltado. O doutor Paulo teve um tempo para descansar um pouco antes de terminar seu plantão. Os raios do sol já penetravam as janelas do hospital, e o doutor podia ouvir o barulho vindo de fora da sala onde ele estava.
Ele se levantou pegou o seu celular e iniciou uma conversar pelo Whatsapp.
Paulo – Vejo você hoje à noite?
Priscila -  Oi amor, sim claro. Mesmo local de sempre?
Paulo – Por mim tudo bem.
Priscila – Você já saiu?
Paulo -  Não, ainda estou no hospital, tive um tempo pra descansar.
Priscila- ok amor, nos vemos de noite.
Ele olhou a última mensagem e depois se espantou com alguém batendo na porta. – Mais uma paciente – Pensou Paulo frustrado.
Oi doutor Cohen – Disse o enfermeiro que havia batido na porta.
- Olá, bom dia Ronaldo. 
Último paciente de hoje para o senhor, penso eu - Falou Ronaldo apontado o caminho para o doutor Cohen.
- É uma jovem em trabalho de parto, doutor.
- Parto? – Disse incrédulo o douto Cohen- Estou cansado de ter que cobrir as faltas do Doutor César, e ainda mais um parto?
Sinto muito, mas só o senhor está disponível agora - Comentou Ronaldo com um sorriso forçado.
Os dois homens caminharam apressadamente, e chegando à porta onde estava a jovem grávida o enfermeiro Ronaldo parou e abriu passagem para o doutor Cohen.
Fico por aqui doutor, Mande um abraço para Clara e para as crianças.
- Mando sim Ronaldo, até mais. Bom trabalho. Depois dela eu vou para casa.
Ao entrar no quarto o doutor Paulo encontra a jovem já em avançado trabalho de quarto, com as enfermeiras ao lado dela, fazendo os preparativos para a criança que viria ao mundo.
Rapidamente o doutor faz a esterilização de suas mãos, coloca suas luvas e começa a dar as instruções finais para as enfermeiras presentes.
A pesar dos movimentos ofegantes da jovem gravida o doutor Cohen constata que será um parto sem maiores problemas.
- Calma minha filha, você está indo muito bem. Só mais um pouco de força e você terá seu filho junto ao seu colo.
A jovem respira várias vezes, soltando rapidamente lufadas de ar. Fechando os olhos e fazendo força.
- Isso, vamos, filha, quase lá.
O Doutor Cohen, já pode ver a criança aparecendo.
- Só mais um pouco, já estou vendo ele.
Com um esforço final a jovem, presente que o bebê virá ao mundo neste momento. O doutor Cohen aproxima mais suas mãos da criança.
A jovem solta um grito de dor. E junto com ela o Doutor Cohen também solta um grito, mas um grito de angustia. Pois o bebê que ele estava quase que completo em suas mãos, se desmaterializou no ar, deixando apenas os retos da placenta em suas mãos. Incrédulo o Doutor Cohen olhou em sua volta e viu que alguns instrumentos haviam caído no chão e que uma enfermeira havia sumido da sala sem ele perceber.
Ao voltar seu rosto para a jovem, o doutor Paulo Cohen, viu o rosto assustado da jovem. Seus grandes olhos azuis suplicavam por uma resposta do doutor, pois ela sentiu que seu bebê não estava mais nela, mas também não estava nas mãos do doutor.




Por: Humberto Baia

domingo, 6 de setembro de 2015

Resenha - Livro "Caixa de pássaros" - Josh Malerman - Editora Intrísseca



Estranhas notícias começam a circular pela internet, e também começam a ser transmitidas pelo rádio e pela Tevê. Primeiro eram casos distantes dos Estados Unidos, porém o tempo passou e as notícias começaram a ficar mais frequentes e ainda mais assustadoras, e para o desespero das Irmãs Malorie e Shannon, certo dia é transmitido pela Tv que também um caso ocorreu no Alasca.
As notícias consistiam em casos sem explicação de pessoas aparentemente normais que sem uma causa aparente surtavam e agrediam e matavam quem estivesse ao redor delas no momento, e terminavam tirando a própria vida após realizarem a agressão nos infelizes que estivessem perto delas no momento do surto.
O tempo passa e as irmãs começam a ficar ainda mais apreensivas quanto ao futuro, pois mais e mais os casos se aproximavam de onde elas moravam. A princípio Malorie não dá muita atenção no que está acontecendo, pois seus pensamentos estão envoltos no que para ela era mais importante. A sua recente gravidez. Para ela esse era uma grande preocupação. Pois o pai da criança que estava crescendo dentro de si ainda nem sabia da existência dessa nova vida.
A história se desenrola e Malorie se da conta de que, além de sua gravidez ela teria também que se precaver quanto aos assustadores ataques que estão acontecendo em todo o mundo. Enfim ela tem consciência que as mortes são reais e não apenas meras lendas da internet.
As irmãs descobrem que os surtos das pessoas estão relacionados com algo que as pessoas veem, e decidem tomar providências para a sua proteção e para seu sustento. Cobrem todas as janelas de sua casa, e fazem compras que julgam ser necessárias.
A partir de certo ponto do livro o caos se instala na cidade das irmãs, e elas tem que lutar por sua sobrevivência sem jamais olhar desprotegida para fora de casa.
A cidade entra, em profundo silêncio, pois os casos de surtos aumentam, e as pessoas deixam de sair de sua casa. E elas têm que sobreviver sem jamais abrir os olhos ao ar livre, pois o desconhecido pode está à espreita.
Os dias se passam e os recursos que as pessoas têm vão terminando o que as força a sair de suas casas em busca de novos suprimentos. Porém tal ação as deixa vulneráveis ao desconhecido fator que gera os surtos nas pessoas.  
Como sobreviver diante de tal cenário? É o que o livro nos apresenta. Não abra os Olhos!