Há um tempo, eu estava lendo um livro e
me deparei com um capítulo que tinha por título “os homens ocos” e que me
chamou bastante atenção. A ambiente deste livro era um mundo pós-apocalíptico onde
misteriosamente um vírus atacou os seres humanos e estes passaram a ser “mortos
vivos” ou seja, os “homens ocos”. Estes seres eram assim chamados por não mais
terem consciência de seus atos, mas apenas agirem movidos por um instinto bem
primitivo, básico, o da alimentação. Tudo
o que estes seres faziam era caçar os seres humanos que ainda não estavam
contaminados para sua alimentação. Estes seres não falavam, não demostravam
nenhum sentimento, não sentiam a dor, mas apenas fome.
No livro que tornou aquelas pessoas “homens
ocos” foi o vírus, que tirou a humanidade deles. Fazendo-os meras marionetes de
instintos básicos. Era explicito que aqueles seres no livro já não eram
humanos. Mas saindo do mundo da fantasia, muitos de nós também somos “homens e mulheres
ocos”. Pois muitas vezes já não temos ou não valorizamos os sentimentos que nos
fazem humanos: amor, amizade, fé, companheirismo. E somos apenas levado por instintos
que a sociedade nos impõem.
Fomos criados como seres pensantes, e capazes
de atos grandiosos, mas somente se tivermos a motivação certa. Somos muito mais
que meros animais bípedes. Somos seres singulares, em um universo tão imenso nos
sobressaímos, pois somos a imagem e semelhança de nosso criador. Escolhidos não
para sermos ocos, mas sim habitação do Criador.
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