Depois
de ver algumas postagens decidi ler o Vilarejo, e me surpreendi, é um livro
pequeno, menos de cem páginas, porém ele possui uma profundidade que poucos
conseguem alcançar.
O
livro trata como o seu nome já diz sobre um vilarejo (imagino que ele esteja
ambientado em alguma região da Rússia, pelos nomes dos personagens e pelas
condições climáticas). Esse lugar possui uma aparente normalidade, porém no decorrer
da história vemos que as aparências como sempre nos enganam.
O
livro é bem sombrio, e neles vemos que uma ação sempre é carregada de uma serie
de outras ações e pensamentos ocorridos no passado. E nenhuma obra está isolada
em si, antes está conectada a coisas passadas e afetará o futuro. Não apenas da
pessoa que fez a ação, mas abrangendo até uma localidade inteira.
Qualquer
organização é composta por pessoas, e essas muitas vezes terminam corrompendo
aquelas.
O
vilarejo e seus habitantes vão dia após dia se corroendo, esses agem com uma
aparente caridade, porém as motivações por trás de cada ação muitas vezes são
sombrias e egoístas.
O
autor consegue sempre nos surpreender com o caráter apresentado pelos
personagens. Mesmo apresentados em contos, os personagens são bem apresentados.
O
livro contêm sete contos e eles são baseados nos sete pecados capitais. E cada
personagem de destaque das histórias materializa esses pecados.
No
vilarejo nos parece que ano após ano o inverno se intensifica, e na medida em
que ele fica mais forte, as ações morais dos habitantes do vilarejo partem como
o calor que foi expulso pelos terríveis invernos.
O
final é surpreendente, e deixa espaço para interessantes reflexões sobre os
tentáculos que cercam as pessoas e as grades em que elas estão presas.
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